Cidade adormecida
Seguia eu só na cidade adormecida
Sob uma réstia de luz esquecida
Por o sol hà muito posto
Que deixou para mim o gosto
De ver a cidade nua
Ser beijada por a luz crua
Duma distante e suave lua
Que enche tudo de calma
Com a luz que amena
Quase nos beija a alma
Como à cidade serena
Cuja visão para longe de tudo me arrasta
Fugindo à maquina humana e nefasta
Que dos meus sonhos me afasta
Em rotinas vãs e banais
Como alguns dos ideias
Que o mundo grita sem ouvir
Sem perceber sem saber sem sentir
Mas agora nesta cidade
Apenas uma calma me invade
Rendendo-se a ansiedade
Que o acumular vão de sonhos cria
Agora nesta cidade fria
Num sopro toda a alma
Depressa se acalma
E inquieta se esvazia
Da triste e acida azia
Que o mundo dos outros me cria
E sou feliz por momentos
Vazio de mim e de outros pensamentos
Apenas navegando por entre a brisa
Que as aguas calmas dum lago frisa
E me guia nestas ruas por onde vou
E onde fica em mim apenas o que sou