Cidade adormecida

Seguia eu só na cidade adormecida

Sob uma réstia de luz esquecida

Por o sol hà muito posto

Que deixou para mim o gosto

De ver a cidade nua

Ser beijada por a luz crua

Duma distante e suave lua

Que enche tudo de calma

Com a luz que amena

Quase nos beija a alma

Como à cidade serena

Cuja visão para longe de tudo me arrasta

Fugindo à maquina humana e nefasta

Que dos meus sonhos me afasta

Em rotinas vãs e banais

Como alguns dos ideias

Que o mundo grita sem ouvir

Sem perceber sem saber sem sentir

Mas agora nesta cidade

Apenas uma calma me invade

Rendendo-se a ansiedade

Que o acumular vão de sonhos cria

Agora nesta cidade fria

Num sopro toda a alma

Depressa se acalma

E inquieta se esvazia

Da triste e acida azia

Que o mundo dos outros me cria

E sou feliz por momentos

Vazio de mim e de outros pensamentos

Apenas navegando por entre a brisa

Que as aguas calmas dum lago frisa

E me guia nestas ruas por onde vou

E onde fica em mim apenas o que sou

chomanno
Enviado por chomanno em 06/11/2006
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