NUDISMO

Em manhãs livros,

te leio livre

e me desasno,

já sem marasmo,

pois, num porquê,

nem há tevê!

Nos dias discos,

dou mais ouvidos,

ouço a paisagem

e, com vantagem,

eu mais sensível,

te meço crível.

Nas noites filmes,

lembrando Chaplin,

só bebo um tinto,

te penso e finto

da moça artista

teu corpo, à vista.

Mas anos-luz,

contigo à mente,

tu nem te lixas

das minhas rixas

por teu nudismo

– meu catecismo.

Fort., 11/03/11.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 11/03/2011
Reeditado em 11/03/2011
Código do texto: T2841230
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