Poesias

Que dia será este que contemplo através da fenda,

E que surpresas terá ele a me reservar?

Será que um dizer das coisas de bom olhar?

Será que minutos de sabedoria me trarão para o encontro?

Ou, se nuvens de bom agrado!

Veio me saborear, veio me chamar, veio me cobrar,

O saudoso encontro,

Vejo cores, escuto sons, sinto cheiros, posso tocar e me fazer salivar,

Nesse almejo que me defines, com o partir de minhas horas,

O reinventar de minhas palavras,

O esparramo de formosas e inesgotáveis fontes de reiniciar.

Que será tão distante, ainda, e curioso?

Curto e pequeno dia...

Horas e momentos lentos estarei para estar,

E escondido não me faço de seus caprichos,

Protegido não ficarei se atormentar e ventar em mil vezes o caminho,

por onde poderei reingressar em mim mesmo sem assustar o silêncio com as verdades que terá para me contar.

Eu ...

Eu...

Eu, o dia e eu,

apenas um.

Rodrigo Duarte Baptista
Enviado por Rodrigo Duarte Baptista em 08/11/2006
Código do texto: T285378