Para uma certa poetisa que aqui se reconheça...

Como quem barra manteiga

nas estrofes fatiadas

de teus versos,

antecipo na tua escritura sagrada

o gosto da mordida

sangrada na língua,

antropofagicamente...

Ah! Mulher!

O quanto eu minto e o quanto mentes,

enquanto nossos helmintos

nos devoram os apetites por dentro

na coalescência dos mesmos quereres

abraçados num canto

qualquer...

Assim amores platônicos

também

deixam feridas,

mas tanto em ti como em mim,

libertam um raro jardim

de borboletas

coloridas...

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 18/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
Código do texto: T2854929
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