NO LIMITE DA ESPERA...

No limite da espera

a flor amarela, serena e bela,

sonha com o cravo branco

debruçada à janela.

No limite da dor,

a donzela lê OLavo Bilac

sonhando Graciliano.

Chora as dores todas sobre o pinho

e no limite da espera,

seu pranto teima em chorar sozinho.

No limite do abandono

a flor solitária faz morada

no galho suspenso

da árvore vizinha e,

no limite do poema

a frase inconsequente,

o beijo incandescente

e a palavra arde furiosamente...

Aninha viola
Enviado por Aninha viola em 19/03/2011
Reeditado em 09/04/2013
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