Animal de estimação

Toda família de bom astral,

Guarda amor no coração,

E sempre adota um animal,

Pra dividir a atenção,

Júlia adotou uma perereca,

Que ela pegou na lagoa,

Cuidava como uma boneca,

Nunca a deixava à toa,

Pois, a perereca da moça,

Chamava muita atenção,

Brilhava como uma louça,

Um xodó do coração,

Era cheiroso o bicho dela,

Tinha a pele lisa sem limo,

De qualidade a mais bela,

Cheia de vida e de mimos,

Quando ela ia ao cinema,

Antes do filme vinha um passeio,

E sem causar nenhum problema,

Não provocava receio,

A perereca da menina,

Só andava grudada nela,

Colada como resina,

No seu lar, na passarela,

Ela chamava atenção,

Arrancava muitos suspiros,

Perereca de estimação,

A tentação do vampiro,

Sempre tinha um atrevido,

Tentando tocá-la com a mão,

E manter o ato escondido,

Pra não causar confusão,

Realmente era uma dama,

Aquela perereca estimada,

Tinha um aquário e muita fama,

Dos desejos a desejada,

Se houvesse mudança de clima,

Ela ficava carente,

Algo que te aquecesse por cima,

Mantendo a bichinha quente,

Um dia Júlia marcou,

Ao levar a perereca no lago,

Uma cobra seu bicho atacou,

Devorou fez um estrago,

Júlia chorou por demais,

Criou ódio da serpente,

Contou a história a seus pais,

Deixou saudades na gente.

Francisco de Assis Silva é Bombeiro Militar em Rondonópolis.

Email: assislike@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 30/03/2011
Código do texto: T2878681
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