A CICLOROTINA DO DESTINO

Tudo é ciclo?

A Terra é um enorme círculo,

que gira, gira sem parar em torno do Sol,

que é um círculo maior.

A vida é um ciclo.

Um dia, o nada.

No outro, duas células.

Depois: embrião, feto, criança, homem

e novamente o nada.

A minha rua é um ciclo.

Primeiro tudo tranqüilidade.

Como uma caixa de surpresa, aparecem os sons:

É o galo que canta à distância;

são os pássaros que começam a gorjear por mais um dia que desponta;

o carro que passa;

os primeiros passos na calçada;

e repentinamente, o burburinho da vida.

Anoitece.

Os sons paulatinamente desaparecem.

É madrugada novamente.

Eu sou um ciclo:

Dormi e acordei.

acordei e dormi.

Fui menino, sou homem;

amanhã serei senil.

Nesta grande roda gigante

que gira e volta a girar,

estou a caminho novamente do nada.

Hoje, carne e sangue.

Amanhã, só pó.

E DEPOIS?

L.L. Bcena, 22/05/1999. 5:42h da madrugada.

POEMA 40 - CADERNO: TRANSMUTAÇÃO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 05/04/2011
Reeditado em 07/08/2012
Código do texto: T2890742
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