CLAUDICANTE


Alvéolos de partículas semicerradas
alheias e frias, pingando sua calda
quente e quimérica
Ruiva e Romã
enlevos de ouro e prata
azul lançado para água
e estirado no mar

ainda me fazem sonhar......

Claudicante, a neblina da noite, faiscante
de pudor e amassada de desejo, não extraí
em seus ruídos nenhum símbolo sedimentado
nenhuma curva consciência de onipresenças

antes, enrola-se a meus pés, arfante,
vinil de neve agridoce e quase rude em
seu percurso de longa latitude de extorsão

enviesada e serena nos compartimentos
ora fluídos, outros, efervescentes de gases
e experimentos dessas terras extensas.
Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 14/11/2006
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