Brilhar!

Rutilar!

Faz-se o silêncio!

Do mais feroz tormento

A luz, a chuva, o vento.

Lábios ingênuos e puros, das cinzas em que arda, a voz ativa,

clamando a sua grandeza de espírito.

Cariciosa e lenta à noite

Aqui estou eu outra vez

Com toda força de instinto indomável

Sempre em busca de luz.

Sou invencível, sou muralha, sou madrugada

Que não preciso chorar

Ao findar de uma paixão

Que acabou de acabar.

Disperto do último sono

Onde desnuda no silêncio

Pois o sol inflama e semeia

A que estão sempre a brilhar.

Escrito em 23 de abril de 2011, por Orlando Oliveira.