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VIDA DÚBIA


Para levar esta vida dúbia
de pai de família e poeta,
é preciso ser um atleta
da imaginação...

Não pode faltar o pão
para alimentar a matilha.
Não pode deixar de pagar:
Água, luz, telefone
e outras continhas sem nomes,
compradas no fiado.

O poeta sofre um bocado...
Como pode sonhar, coitado,
se a realidade
fica mandando recado?

E fica assim de janeiro
a janeiro...
Infelizmente no mundo da poesia,
não circula dinheiro.