Moças, janelas e poesias

Escrevo para a bela moça

debruçada na janela

com sorriso aberto em flor.

Para a moça infeliz

de tácito olhar noturno

que abriu sua janela

para um último vôo

de passarinho triste.

Para os olhos fundos

e impassíveis ao tempo

da Carolina

de Chico.

Para aquela velhinha

que outrora foi uma jovem

cheia de viço e fulgor,

e que hoje entre versos

e vestidos

veste-se

em nostálgica mocidade.

Para a moça feia

que sonha acordada

em ser a musa da canção.

Para a primeira professora,

detentora de secretas

paixões infantis.

Escrevo versos simples,

salpicados de estrelas

para adornar as janelas

de todas as moças

que tornaram-me

um poeta.

Thiago Cardoso Sepriano

ThiagoCardosoSepriano
Enviado por ThiagoCardosoSepriano em 29/04/2011
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2939523
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.