Moças, janelas e poesias
Escrevo para a bela moça
debruçada na janela
com sorriso aberto em flor.
Para a moça infeliz
de tácito olhar noturno
que abriu sua janela
para um último vôo
de passarinho triste.
Para os olhos fundos
e impassíveis ao tempo
da Carolina
de Chico.
Para aquela velhinha
que outrora foi uma jovem
cheia de viço e fulgor,
e que hoje entre versos
e vestidos
veste-se
em nostálgica mocidade.
Para a moça feia
que sonha acordada
em ser a musa da canção.
Para a primeira professora,
detentora de secretas
paixões infantis.
Escrevo versos simples,
salpicados de estrelas
para adornar as janelas
de todas as moças
que tornaram-me
um poeta.
Thiago Cardoso Sepriano