MACACO de DEUS

Eu me julgava Homem.
Acreditava ser um Profissional de Vendas.
Pensava ser Formado em Marketing.
Cria ser Poeta.
Aceitava-me Brasileiro.
Tinha certeza que era São-Paulino,
Paulista,
Joseense.
E Deísta.

Mas hoje,
último dia do meu 50º ano na face da Terra,
aqui neste pedaço dela chamado
Parque Nacional de Itatiaia,
de sunga que pelado não pode,
descobri que sou só um
Macaco de Deus.

Nada daquilo que eu iludia
e iludia-me.
Nada do que criava
vaidade,
fronteira,
bobeira.

Só um Macaco de Deus.

Apenas,
tão somente
e só isso.

Nada mais!


24 de abril de 2011 - Itatiaia/RJ