VIVER SONHAR LUTAR

Felizes quarenta anos

que me manteve enterrado

entre a vida, o sonho e a luta,

que com caneta e papel

caiu como uma água límpida

em alguma parte do meu peito.

Por mais de quarenta invernos

caiu chuva sobre o telhado

das minhas poesias,

trazendo consigo o vento

aberto e sagrado.

Desenterrado e vivo de novo

como as primaveras

de flores e espinhos

fulgurantes como as estrelas

ondulando no céu,

como uma grande bandeira

entregue aos homens

na entrada do comércio

para a luta do dia-a-dia.

E assim, olhando e lendo

a geografia das minhas poesias

elas me mostraram então a vida

o os verões que repousavam

como um sonho,

que ao meu lado iam voando.

Jaziam os mais de quarenta outonos

transparente no seu ar transparente,

cristalino no seu dom natural,

sobre a liberdade espaçosa

da VIDA, DO SONHO E DA LUTA.

Joyso
Enviado por Joyso em 19/11/2006
Código do texto: T295613