AMBIVALÊNCIA
Nesta hora, tento viver apenas o agora,
Esquecendo o morrer.
Mas afinal, na certeza do final do viver.
E o jeito da morte chegar é sempre temível.
Preferível falar da lua,
Luar ao amanhecer...
Das flores...
Florestas, florais nos matagais
Do sol ao amanhecer e ao entardecer,
Do brilho cintilante das estrelas,
Lindas demais!
Lembrar da infância e da inocência...
Essas poesias é que gostamos de ouvir!
São gotas, conta-gotas,
Calmantes de sonolência,
Para nos fazer meditar
Refletir e sorrir. Esquecer o partir.
Mesmo na certeza de morrer,
Ninguém gosta de falar, ouvir, ler.
Sei que vou morrer. O medo é do sofrer.
Não posso falar todos os dias,
Poesias apenas de alegria!
Na existência da vida, volto a falar...
Das flores, luares, cores e amores.
Na insistência da morte, volto a me lembrar...
Das dores e temores,
Tentando me equilibrar,
Centralizar nessa gangorra...
Equivalente e ambivalente de:
VIVER/ MORRER.