Poeta de Momento

Só há uma saída na vida

Pegar pena e tinta e escrever:

Uma palavra, uma luz fulgida

Revelando o desespero de viver.

Palavras surgem incongruentes no pensamento

Entre rabiscos e borrões, a dor dá vazão

Aos desejos e angústias sem fingimento.

O suor despregando no esforço da mão.

O papel amarelecido e cansado sustenta a fibra

De doidamente dizer sem saber,

Embevecido nos delírios da fúria desabrida

Onde se escreve de tudo ou nada por prazer.

E de várias formas mostra o sentimento:

Lírico, profundo, inexplicável, sem razão.

E no suspiro da escrita, eis poeta de momento.

Ana Claudia Brida
Enviado por Ana Claudia Brida em 09/05/2011
Código do texto: T2959370
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