Lenços da Vida
São os lírios nos teus olhos
Que brincam de irradiar profusões de cores
Sem se importar com a rosa dos ventos
E o negrume que serve de plano de fundo
Para tuas reviravoltas sentimentais
Agita-se como se em expansão.
Mas não é de todo ruim,
Pois dentro dele há uma multidão de sons
Que vibram intensamente no espaço mudo
Do teu inconsiente.
Um dia ainda há de ouvir as notas
De cada explosão que, em sequência,
São sinfonias regidas por teu íntimo...
Bombeadas por tuas veias e por fim,
Refletidas em teus olhos cegos
Para um mundo surdo quanto à introspecções.