Poetisa camaleoa...

Num segundo o tempo se esparce e já não sou.

Numa noite troco de mascara e mudo de cor,

Por um segundo quase me caio e não estou...

Sorrio e tremo, temo e enfrento o que for!

Me surpreendo comigo, com minhas faces...

Não sou cruel, e nem mesmo sou maldosa,

Mas apenas vivo, hora meio cá, hora meio lá,

Vivendo e não vivendo esta incontrolavel fase.

meu quarto é desproporcional, as paredes nuas

levam informações desconexas e dispersas,

Minha cama é grande e vazia... Quase imensa!

Meu ventre claro e solitário... Ante a lua intensa!

Fragmentos soltos de mim me devoram a carne,

E o espirito se desfaz em sonhos que não lembro.

Esse silêncio morno cortando o efêmero novembro,

Enquanto a poesia doma meu sono a retina arde!

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 15/05/2011
Código do texto: T2972632
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