Antropofagia Poética Paradoxa

O sorriso

Que surgiu

Desajeitado

Entre os lábios

Que desejei

Embriagou-

Me...

E o jeito,

O corpo

Que meu corpo

Quis provar,

Dançou

A melodia

Silenciosa

Das arpas

Vazias

Que meus dedos

Não tocaram,

Não quiseram tocar.

O descompasso

Rítmico

Da caneta

E a letra

Tão borrada

Surgiram

Ao surgir

TU.

Não,

Não faço mais

Poemas!

Juro!

Jamais

Verás

Outro ai

Que seja

Meu!

Não,

Não terás

Outra rima!

Ah!

Quem dera ser Tarsila

Pra te comer

Agora

Viva,

Tão viva.