O QUE RESTA?

Das nossas revoluções

Restaram lembranças

Guerras por auto-afirmação

Para sobressairmos como “não iguais”

Mas hoje ainda nos embriagamos

Ouvindo as mesmas canções

Ainda nos agredimos mutuamente.

Ao nosso redor os tolos cresceram

E nós ainda nos agredimos mutuamente

Negamos os nossos iguais

Vangloriamos idiotas

E os tolos, ao nosso redor, cresceram

Das revoluções de outrora, algo restou

A rendição

Saudosismo e inércia

Eis o nosso hoje

Álcool e memórias

E aquela névoa que víamos não eram nuvens

Nunca estivemos no topo do mundo

Eram as cortinas espessas da superfície.

Mas nos resta algo?

Como disse um nobre amigo

Somos velhos de coração com apenas vinte anos.

Ouso destacar um detalhe

Os velhos conseguem tirar sabedoria do que já viveram.

Resta-nos algo?

Resta, a Terra do Nunca nunca existiu, cresçamos então, já é tempo.

Viveremos para trás enquanto o nosso melhor estiver no passado.

Artsu Taraz
Enviado por Artsu Taraz em 18/05/2011
Código do texto: T2978353
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