Um "oi"

Encontros, desencontros

Acasos, descasos

Do mesmo jeito que vem,

vai...

Aparições relâmpagos,

Relances, nuances.

Jogo rápido,

Partida partida,

esfacelada, repartida.

Não há escolha,

Só casualidade.

Não há momento,

Somente surpresas.

Nem movimento,

Apenas memória.

Depois de um olhar,

Outro olhar,

Depois de um sorriso,

O mesmo olhar,

E depois de tanto olhar,

Um “oi”.

Um oi.

Apenas um oi.

Para quem disse,

Um oi e ponto.

Para quem ouviu,

Aquele oi já seria

O início de tudo.

Um oi.

O mesmo oi –

O tudo e o nada,

O início e o fim,

Num único oi.

Bastou um oi

Para iludir, ludibriar,

Encantar, entorpecer.

Um oi foi suficiente

Para fazer os olhos

Seguirem procurando,

Nos ouvidos continuar

Sussurrando,

E o coração palpitar

Desejando...

Mais que o oi,

O depois do oi,

Quem disse o oi.

Porém, se foi... com o oi...

Refletindo em meus olhos

O brilho do relâmpago

E eletrocutando meu peito

Com a força do trovão.

(São José do Rio Preto, 16/10/2010)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 21/05/2011
Código do texto: T2983518
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