RABISCADOR DE SONHOS

Na névoa branca que cobre o rio

Sem chegada

Navega um barco chamado amor.

Perdi o remo. Chamam-me sonhador.

Tentei tantos rumos...

Vesti-me de ouro para que teus olhos

Enxergassem o brilho deste imenso amor.

O amor era suave como a brisa que vinha do rio

Pedi esmolas para que teus olhos percebessem

Minha existência e de nada adiantou.

Andei, naveguei. Percorri vários caminhos....

Tu não me querias sentado em tronos de esquinas

Para ti o rabiscador de sonhos se perdeu neste rio

Que triste e solitário corre para o mar.

A brisa suave e aconchegante

Traz do mar um novo alento

Ondas que vem e vão

Levam e trazem menos tormentos.

Quero chorar e já não consigo

Não nascem mais lágrimas dentro do peito

O amor que vinha com a brisa do rio

Perdeu-se na névoa que cobre agora seu leito.

Amigo poeta Nelson Costa, a inspiração de teus versos me fez navegar....

Grande abraço.

Vento de Outono