Solidão
Procurei-te, achei-te solidão.
Quantas perguntas escondidas
neste mundo tão vazio.
Quanta sede no meu espírito cansado.
Era necessário esconder-me
das entranhas da minha inquietação
Eras o refúgio ideal.
Desejei-te. Suspirei por ti,
qual manancial de quietude.
Tudo isso encontrei em ti.
Envolveste-me nesse teu véu
tão espesso, tão teia...
Agrilhoaste o meu corpo
é tua a minha vivência...
Mas chega.
Cansei-me de ti.
Quero, exijo, a minha liberdade.
Quero de novo a emoção
de me sentir vivo na vida.
Correr, tropeçar,
mas erguer-me de novo.
Desculpa companheira..
já não preciso de ti.
Rosa Maria Anselmo