DIAS TURVOS

O dia transcorre lívido

sem as cores das emoções

como uma cortina que finda um ato

turvando as minhas inspirações

tal qual uma batuta que rege os fatos.

Oprimido,pego as chaves que se aninham ao ferrolho

tento abrir as portas de meu vislumbre

neste enclausurar momentâneo

do quais atingem um universo

que nos meus reverso e versos

faço uma ablação as céus

que contemplam os meus ofego

espalhados ao leu.

Nos desertos da minha solidão

tento me agarrar as miragens

que se enveredam pelo meu inconsciente

transfigurando esta paisagem

das incertezas do não ciente

de tantos seres padecentes.

Ventos que aplaquem as minhas tempestades

Baionetas que repulsem esta solidão

que estes momentos sejam exorcizados

nas nascentes de um amanhã

No clarão de um sol dourado

com as proteções do nosso Pai Amado

à toda a nação e povos...