Dedos cruzados
Meu "eu" exprime
Um amor, um crime
A sensação de transgressão
Intrinsecamente, me redimi
Pois posso admirar
As belas da vida, despido dessa emoção
Conforta-me vestir essa camisa
De poeta, musicista, e sentir a doce brisa
De uma manha longe de você
A arte é meu escape
Livra-me do infarto
Foi nela que me abriguei
Sou douto em viver, boêmio, “bon vivant”
Sem verdades simplórias
Quem te viu não mais me vê
Eu posso e viverei sem você
Claro que vai doer
Mas eu vou transcender a essa dor
Vou transcender a esse amor
Viverei, viverás
Esqueça-se do berço que te apraz
Meu carinho, meus beijos, meus amorzinhos
Não terás, nunca mais...
Meus dedos estão cruzados....