TRIBUTO A OLAVO BILAC

De tanto amar, viu e ouviu estrelas

e nas asas da poesia pôs-se a voar.

Nenhum esforço para entendê-las,

posto que, era de amor aquele olhar.

De posse da pena, na ourivesaria,

tornou palavras, gemas preciosas,

pôs-se a lapidar, criando em poesia,

as jóias raras, as mais graciosas.

Do amor, perdido ou encontrado,

o poeta criou o estilo com primazia,

voou, sonhou e realizou abnegado,

recriou esperança, em doce magia.

A um poeta, por uma poeta, inspirado,

No livro que a lia, as lágrimas rolavam.

Pôs-se a vê-la, plácida, lendo ao seu lado,

página de saudade, do quanto se amavam.

Talvez sonhasse o poeta, ao vê-la,

a musa, tal anjo com a harpa dourada,

na escadaria de ouro rumo às estrelas,

perdido de paixão, por ela inspirada.

Talvez sonhasse Bilac, um dia voar,

às estrelas, e, ouví-las falar de amor,

talhá-lo em ouro, com rubis a engastar

e na oficina da poesia eternizar seu labor.

Celêdian Assis
Enviado por Celêdian Assis em 04/06/2011
Código do texto: T3013212
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