Fuga
Às vezes está escuro, frio e vazio.
Na estrada: janela, céu e cicatrizes.
É assim camarada! O ser tempera ardor, amor e solidão.
Quisera a lucidez aniquilar da maçã a maldição.
Nada mais somos que barro, água, ar e fogo.
Agora, de braços dados à besta-fera.
Transporto-me para a mata.
Busco refúgio na primal consciência.
Lá é minha toca, colo e aconchego.
Clamo a Gaia que espante os lobos.
Com silêncio e vento enxugo minhas lágrimas