Olhos de Jah
Do aquário 2008, lembro os 30 anos sem Bob
No telhado alto e centenário imagino
Um espírito rasta a me olhar (a nos olhar)
Penso no que o rasta vê e pensa.
O rasta vê só o que é fundamental
Não viu o esportivo com rodas de liga leve
Não viu o patrão e a dedicação do funcionário
Menos ainda o penteado caro da menina.
Ele não indaga não ter, ele só quer ver
Com coração e alma, natureza e irmão
Ele vibra em seu pedestal como rei
Os faróis não o ofuscaram e ele fita a lua.
Podia urrar como leão, podia usar sua transcendente condição
Poderia se indignar, gritar: parem e vejam!
Mas agora ele só quer contemplar, invisível (não aos meus olhos)
A babilônia, sua fábrica de necessidades e motivos.