Ode à Música

Musa das Artes, Deusa

Do som que brota no eterno

E desce em cascata para o instante,

Límpido e em espuma.

E que encharca o fino cinza da manhã

Com o preciso timbre da voz

Clara e doce que, de linda,

Faz nascer o Sol.

Tão nobre sentido, verte

ruídos em lágrimas

e converte ondas ao vento

em cálidas rosas de fogo.

A ti, reverência

e desejo,

e a gana de sentir mais uma vez

a pulsação definitiva da tua melodia.

Se canta bemol,

Faz nascer o Sol.

Se dás sustenido,

Tão nobre sentido.

Thiago Salinas
Enviado por Thiago Salinas em 02/07/2005
Código do texto: T30430