vida de poeta

chego cansado do trabalho

me atrapalho no elevador

abro a porta devagar

pra não quebrar o cilencio

que dorme no interior

existe misterio e solidão

em tudo aquilo que penso

e ainda tenso

me ponho diante do computador

o branco me olha

eu busco o perfume de uma flor

deixo no ar a musica que me faz bem

me entrego a meditar

mas o poema simplesmente não vem

sem um tema vejo o tempo passar

minha tristeza se faz intensa

ja noite imensa desisto de procurar

vou até a cozinha e busco saciar

minha fome

falta de pão e palavras

é tudo que me consome

na hora do banho o inesperado acontece

embaixo do chuveiro

pra meu desespero uma ideia aparece

e com ela o terror:

chuveiro ligado saiu apressado pelo corredor

o computador ainda ligado

eu ponho meus dedos no teclado

e escrevo um poema de amor

elias barros
Enviado por elias barros em 04/07/2011
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