vida de poeta
chego cansado do trabalho
me atrapalho no elevador
abro a porta devagar
pra não quebrar o cilencio
que dorme no interior
existe misterio e solidão
em tudo aquilo que penso
e ainda tenso
me ponho diante do computador
o branco me olha
eu busco o perfume de uma flor
deixo no ar a musica que me faz bem
me entrego a meditar
mas o poema simplesmente não vem
sem um tema vejo o tempo passar
minha tristeza se faz intensa
ja noite imensa desisto de procurar
vou até a cozinha e busco saciar
minha fome
falta de pão e palavras
é tudo que me consome
na hora do banho o inesperado acontece
embaixo do chuveiro
pra meu desespero uma ideia aparece
e com ela o terror:
chuveiro ligado saiu apressado pelo corredor
o computador ainda ligado
eu ponho meus dedos no teclado
e escrevo um poema de amor