O CONDOR

O condor solitário

Em seus vôos rasantes pelas cordilheiras

Com leveza pousa sobre as encostas para um breve descanso

De repente, abre novamente suas longas asas

E sai em busca do nada,

Com vôo plainado, com elegância e mistério

Que pairam sobre sua velha e nobre existência

Digno de admiração e respeito

Capaz de suportar o frio das cordilheiras,

Mas também o frio da solidão

Da eterna solidão que o acompanha,

Preso entre cadeias de montanhas,

E faltando coragem para avançar um pouco mais

Anseia pelo sol mais forte, que amenize o frio dos seus dias

Quantas vezes fomos condor, agarrados nas encostas da nossa dor

Quantas vezes, sem coragem não avançarmos mais,

Para além das encostas de concreto em que nos condicionamos

Quantas vezes ensaiamos em abrir nossas asas

As asas da imaginação, da liberdade e dos mais ricos sonhos

Muitos de nós enfrentamos o frio do abandono e da solidão

E hoje damos os nossos vôos com maestreza e elegância

Afinal temos a poesia que nos trouxe admiração e respeito!

Kakausó
Enviado por Kakausó em 06/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3078163
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.