MEU TESOURO

Onde estão palavras que me faltam?

Rimas que me fogem, armas do meu ser?

Que fazer sem ferramentas sem escrever?

É como se me pedissem pra deixar de viver!

Onde busco inspiração no vazio deste peito,

Desprovido inconformado sem jeito,

Oscilando entre magia, dor, medo e desrespeito

Desrespeito não por algo ou alguém mas por mim

Como se de repente em minha vida por um fim,

Solidão para que me queres aqui e agora

Tristeza porque zombas de mim e me jogas fora

Fora de meu eu particular inconformado e desmedido

Chega de espera me leve já, faz de mim um ser bandido

Um gatuno de corações,desinformados e arrependidos

Leva-me como leva a madrugada ao chegar o sol

Que meu desespero não seja noturno, mas um farol

Lava minha alma jaz inconseqüente pairando no ar da saudade

Entrega-me a sarjeta dura e de perfume asfixiante para a iniqüidade

Só lamento não ter feito algo diferente, porem não condeno minha imaturidade

Vamos leva-me daqui da rua do mundo ou da cidade... da humanidade

Porem posso alerta-la de antecipado rasgas

o véu da minha vida e da ingenuidade

Mas meu tesouro maior é inatingível, imortal,o ouro da poesia

que só me deu felicidade.