ÍNTIMO

você que me lê agora

empresta o favor de seus olhos

o afago de seus dedos

o carinho de sua atenção

o calor de seu colo

e perdoa

esses escritos rudimentares

de um quiromante analfabeto

embriagado de vaidades

pra quem a poesia - esse palito de fósforo

aceso no nevoeiro -

nunca basta