CHUVAS MORNAS


Perfilados altares
antevistos à sombra
imolada alma ainda
resguarda na travessia
areia e gelo de águas
marinhas azul perene
borbulham baforadas
deslize na
planície ampla

quase já não me guardo e
antes que se finde a tarde
fundarei a sombra, pois a
vida abaixa a chama
na terra rarefeita,
mas, seus desenhos dourados
sobressaem-se valentes
e vagabundos
almíscar de sonhos e patamares
de desejos cumpridos divagosos
chuvas mornas esquecidas
na pálida lua da terra sem lacre.
Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 07/12/2006
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