Cachaceiro de boteco

A pinga da cana malvada

Destilada no galpão

E no boteco foi preparada

Joga o caboclo no chão

Seja forte, ou seja, fraco

Ela derruba sem dó

Se não parar vira cavaco

E vai dormir no xilindró

Não pense que é sabido

E nas armadilhas dela não cai

Um dia vai ser bebido

Tenta sair, mas não vai

Começa nas doses pequenas

E sem perceber consome um litro

Sem moral o povo condena

Berra sem lar feito um cabrito

E depois que entra no vício

Não se vê como parar

Todo conselho é fictício

E o seu desejo é só chapar

Levanta e não lava a boca

Vive sujo, um trapo imundo

Barba grande suja de sopa

Assumiu ser vagabundo

Não erra mesmo o boteco

Só pinga sabe pedir

Deita no chão feito marreco

Fecha os olhos e vai dormir

Já não tem força nem pra falar

Vive jogado ao relento

A cirrose vai lhe matar

Pare e reflita um momento

Essa droga é um veneno

Misturada ou mesmo pura

Reduz-te lhe faz pequeno

E vai parar na sepultura

Portanto seus cachaceiros

Pense na vida um pouco mais

Bebam chá guardem o dinheiro

Siga o exemplo dos pais.

Francisco de Assis Silva é Bombeiro Militar em Rondonópolis,

Email: assislike@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 03/08/2011
Código do texto: T3136763
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