A porta

Podería ter chegado

Do jeito que estavas

Com os defeitos que tivésseis

Com feridas e marcas delas

Que viessem juntos

Seus medos

Segredos

Cantigas cantadas

Ou murmuradas

Seriam bem recebidos

Os monólogos em frente ao espelho

As pomadas para os dedos

Os sonhos e pesadelos

Estivestes tão perto

Tão certo

A porta

Nunca existiu

AMÉLIA CAMPOS
Enviado por AMÉLIA CAMPOS em 08/08/2011
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