Tolo mortal!

Achei que seria simples

Mas não ficaria satisfeito se fosse o contrário!

Pois essa mortalidade me enche de deliciosas responsabilidades

Esse compromisso de viver

Essa falta de sentido

Esse gozo que não me deixa desapegar

Essa tristeza que quase nunca dá espaço para a felicidade

Quase sempre quer me apunhalar!

Maldita tristeza!

No entanto, essa tristeza que me corrói e sempre me persegue é, a mesma que me ensina a cina do nada

Esse nada que não posso alcançar sem essa dor que me alerta

Nada que eu não possa fazer

Nada que não possa manifestar

Pois o nada não existe.

O que ficou pra traz é e sempre será nosso

O futuro não é meu e nem seu

Ou posso chamá-lo de nada?

O que me dói é no agora!

O que aprendo é no agora!

Más de fato o que eu aprendi do nada é, que nada seria mesmo se não existisse essa vontade de alcançar o nada.

E assim vou caminhando com pena de mim

Pobre e tolo mortal.

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 16/08/2011
Reeditado em 14/02/2012
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