[Sou um fazedor de sonhos,]
Apresentando O Transversal “La Folie e outras migrações de aves, de outros seres, de outras almas (algumas minhas…)”
Sou um fazedor de sonhos,
Alguns jamais sonhados.
[Por mim...],
...
Mas,
Neste meu mar também pesco palavras,
[Algumas das fossas mais fundas,]
[Onde a luz não se atreve a entrar...]
Sou um pescador de palavras,
Algumas de tanta intimidade,
Juntam-se sem permissão,
...
[Outras lutam na rede, querem espaço,
Querem ar, querem glória, querem amar..]
...
[Outras voam sem limites, quais peixes alados,
Querem a luz das estrelas, querem o céu ilimitado...]
...
Nestes sonhos e palavras, que se juntam,
Que se multiplicam,
Fico-me pelo mar, o mar tem limites,
As palavras, o céu, os sonhos, não.
[Afinal ],
Sou apenas um fazedor de sonhos,
Com as palavras,
Algumas jamais sonhadas.
[Por mim...]
(por vezes os escritos nascem sem serem paridos, este resultou de uma pergunta/resposta ao Poeta Caito no Luso Poemas, coisas de palavras, coisas de pescadores de palavras...)