NO ÔNIBUS
NO ÔNIBUS
A poesia
bebeu depressa
seu café,
depois saiu
rumando o ponto.
Deteve o olhar
na moça
que parou
diante da roleta,
procurou ouvir
os desabafos mudos
no olhar das pessoas.
e pensou :
teus sonhos são meus
e tuas aprensões também.
Desceu e perdeu-se
namultidão.