DE PIPAS E POEMAS

DE PIPAS E POEMAS

Poemas são como pipas

Flutuando em céu aberto.

E suas linhas invisíveis

Se prendem em mãos sensíveis

Que jamais cair os deixarão.

Por vezes os entrevemos

Por entre claras nuvens

Onde se revelam,

Mas nunca por inteiro

Pois não se esgota a criação.

Entre nuvens escuras,

Lá escrevem as entrelinhas.

Despejam gotas de versos

Que chegam bem de mansinho

Em todo atento coração.

Ah, quem me dera

Poder tal vôo alçar

E pelo infinito versejar!

Mas minhas palavras são pedras

E,como tais, ficam no chão.

E quando chega a noite

Recolhem-se a seus sonhos

Ou se banham de luar.

Intimamente amam as estrelas

E os astros da imensidão.

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 24/08/2011
Reeditado em 26/08/2011
Código do texto: T3180582
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