RASTROS DE POESIA

O rio agita as sergipanas águas.
Ébrio, o mar ressaca.
Gaivotas sobrevoam o frenesi das ondas,
E a praia, que o vento acaricia,
Deixa na areia rastros de poesia.

Com ciúme, o Sol se enche de mágoas.
Vendo o navio que no cais do porto atraca
Diz a um marujo: "Ó gajo, me respondas,
Serão da Lua os rastros? Serão dela?
Ou a areia gravou os passos de Florbela?"

Engana-te, rei Sol! Vem para vê-la.
Camões assim pensou da Trapobana
De Anarda ser os rastros dessa estrela
Que o mar confunde ao vê-la lusitana
E o rio sabe que ela é sergipana.



 
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 30/08/2011
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T3190654
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.