GUERREIRO

Na fogueira todos dançam

O tambor chama, o maracá acompanha.

Curas diversas, consagração...

Bendição, luz solicitada.

Guerreiros na dança prontos pra guerra em volta do fogo.

Meus medos querendo me derrotar

Escuridão de minha alma em labirintos misteriosos.

Fraquezas expostas, eu um menino chorão.

Ouso olhar, encaro... Minhas lembranças, meu passado...

Redescubro-me, desfaço a posição fetal.

Firmo meus pés no chão

Meus ombros arqueados ficam eretos

Meu peito estufa... Respiro fundo, trinco os dentes.

Levanto a cabeça, olho de cima, me igualo aos grandes.

Meus olhos secam as lagrimam corriqueiras e constantes.

Sou reconhecido e saudado por todos

Na fogueira toda tribo dança em minha volta

Encaro de pé

Meu batismo é de fogo

Não me queimo...

Arquejo cambaleante com minha espada na mão pronto pra morrer

Redescubro. Sou um guerreiro.

Minha sina, meu destino.

Em outras eras, nessa.

Guerreiro luta!

Guerreiro não teme a vida nem muito menos a morte...

Morre de pé e não se entrega sem lutar.

Sobrevivo, vivo!

Armando Vidal
Enviado por Armando Vidal em 30/08/2011
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