SETEMBRO
Setembro chegou! Do meu quintal vi flores. Vi a esperança em forma de brotos, em forma de cores. O deus sol a vida animava. Tudo era brilho, força, cores, energia, emoção, realidade.
De galho em galho numa frondosa árvore saguins conversavam e pulavam, livres e felizes brincavam. Pássaros cantavam, em bandos voavam, e o passado nas asas do vento voltava se fazendo presente.
Nostalgia, pensamentos, lembranças de tempos, ilusões e fantasias. Numa estradinha de barro dois cachorros vira lata, alegres, abanavam o rabo, corriam, pulavam, brincavam, rosnavam simulando brigas e felizes sorriam latindo.
Bois, cavalos e cabras, na mais perfeita harmonia, juntos saboreavam vagarosamente as gramíneas espalhadas pelo campo. Setembro chegava e com ele a vida, assim, numa configuração bucólica, poética, romântica, numa indizível sensação de paz.
Uma brisa suave balançava as pequeninas bem-me-queres do campo, como a niná-las, um sentimento inefável fez brotar uma lágrima, e sozinho naquele momento cogitava: o Ser supremo em tudo isso existe...