sem fulgurações de luz nem espaços cósmicos

Sento-me num banco cansado

de pedra

à porta de cada entrada que não se abre

e canto-te.

Como ave no paraíso, canto-te.

Canto-te sem a existência de deus

nem do peregrino.

Canto-te apenas na presença e na ausência…

Sem invocações nem lamentos

sem as fulgurações de luz doutros tempos

ausentes na obscuridade do luar.

Canto-te

na alteração dos espaços cósmicos

que a vida desfolhou

na pele e no rosário de desejos

por cumprir.

Canto-te

mesmo sem palavras nem salivas de beijos

nem imundas máscaras

de loucura erótica.

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Consta de "Meu Diário" da homepage com fotografia

"Faz parte do meu livro "onde os desejos fremem sedentos de ser"

Alvaro Giesta
Enviado por Alvaro Giesta em 07/09/2011
Reeditado em 12/12/2012
Código do texto: T3205359
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