EU, ATOR
Vários mundos,
Várias falsidades
Inúmeros atores de vidas descartáveis
Eu, ator de mim mesmo
Represento papéis
Para plateias, a custo de poucos réis.
Notas em guardanapos de restaurantes baratos
Determinam meus próximos passos
Regidos por bravos generais
Que me escravizam por códigos penais.
Como brigar pela liberdade?
Drogas, bebidas, cigarros em maços?
Sou muito é covarde
Ou, talvez,
Por essa massa de pessoas-vampiro, desencorajado.
A verdade é que sou poeta, ator
E exijo sua vaia ou seu aplauso
Para finalizar minha vida-representada
Com vosso objetivo alcançado.