Em preto e branco

O luzidio do Sol,

Na brisa do alvorecer,

A vermelhidão do céu

Quando o dia escurecer,

O silencioso breu da noite,

O arco-íris no cessar da chuva...

Quiçá, o composê do inverno,

As neves, as geadas

O branquecer dos campos

As frias madrugadas...

No abrir e fechar janelas

A Natureza em multicores

A vida em sua aquarela...

Quando não, do preto e branco,

Faz a tela da virada e, ressurge

No rosáceo pessegueiro em flor,

Na Primavera com seus matizes coloridos,

Lilases, brancos, ipês amarelecidos,

E, em verdes tapetes campinos.

Ah, esses também desbotam...

Nada é para sempre!

A cor esmaece,

É da vida a efemeridade!

Em preto e branco, ou em cores mil, tudo evanesce...

Em preto e branco, escreve o poeta, a palavra sobre o papel,

E, em preto e branco, somente sua poesia permanece,

A vida segue a girar, entre cores e versos,

Em singular carrossel...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 12/09/2011
Reeditado em 20/09/2011
Código do texto: T3216134
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