Dispondo


Tudo é nosso quanto nada é nosso.
As coisas que aí estão, a este ou a aquele fim se prontificam.
Porque tudo é nosso e nada nos importa.
Tudo tão absurdamente nosso que de tudo que temos nos perdemos,
Como quem caminhou, cegou, encontrou o destino e se apartou.
E talvez, dessa importância nenhuma que têm as coisas
Tiremos a importância tanta que tem a vida:
Estar nela!
Ter aportado nu a vestir pele e ossos.
Estar nela!...
Ter fome e quando o estômago roa, comer da comida que nos baste
E beber da água quando chega sede à garganta;
Tudo ter e ao deitar tudo deixar
Alimentar o espírito que não dorme
Saber que além de Ter , temos que dar alimento ao SER
Talvez que seja essa, da vida, a importância tanta...
Torná-la cúmplice e fiel amiga
Para tudo saber deixar...
Até mesmo a carne que hoje nos abriga.