Há sempre um fogo de amor

Há sempre um fogo de amor

exaltado na hora em que me consumo

No meu lago de águas silenciadas.

Mar crepuscular.

Ficas em todos os caminhos

De todos os desencontros.

Regresso à memória da matriz

Fonte onde sempre retorno,

Para encher os olhos de sol

Tocar tua pele doce

Como se fosses o rosto

Feito de milhares de rostos

Respirando terra onde mergulham

as raízes mais profundas.

Que augúrios escutas?

Que enigmas decifras?

Manuel C. Amor