A rosa.

Na terra fértil da alma antiga ela iniciou o plantio.

Sementes foram jogadas a esmo,

pois que no germinar feliz não acreditava...

A vida célere demais era,

mas suas plantas cresciam como a respiração dos anjos...

Dia de sol, entardecer colorido,

novas manhãs, eis que o Natal chega barulhento,

corre, pois que o ano já inicia com foguetes e festa,

e já é páscoa, chocolates, feriadão,

Fim de ano, que fez da vida?

Onde seus planos, seus sonhos, seus desenganos?

Felicidade ainda cabia nos espaços mentais

preservados no pouco tempo que tinha

para...

Semear, sorrir, rezar, plantar, amar...

Fatigada, resolveu parar.

Olharia o plantio desregrado e imaturo.

Surpresa e emocionada, colheu

entre os restos de mágoas e desesperanças,

a mais linda rosa que a natureza concebeu.

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Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 20/09/2011
Código do texto: T3229776
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