O TEMPO E O DESESPERO.

O hábito de se apaixonar

e morrer.

A vida vai se diluindo em horas segundos

minutos dias

e tempo nenhum

ameniza

o não cessar do próprio tempo.

O desespero

que desaba palavras

calmas,

conscientes,

num mar calmo de angústia.

O amor que cresce

e não cabe mais

ao explodir batimentos,

sentimentos ignorados,

incompreensão qualquer.

E compreender é desnecessário

quando tudo não passa de fragmento,

pe da ç o s.

É raro

o momento de tranquilidade

em que se pode escutar a própria voz,

...mas tudo segue assim tão quieto,

perfeito e distante,

como se fosse possível congelar sonhos

para futuros empreendimentos,

O passado está de novo

à minha frente.