Diz-me em silencio!
Justificas tuas palavras
Com atos injustificáveis
Constrói teus sentimentos com tijolos invisíveis
Inomináveis e indivisíveis são
Tuas ausências tão constantes
Horas! Como dantes
Queres voltar a ser
Mas erros e acertos pretéritos
Não revelam tudo o que se deve fazer
Hoje!
Esqueces-te do contexto
Da dimensão temporal
Esqueces-te que não somos mais tão jovens
De que mesmo, que outros desaprovem
Que o Amor não se justifica
Amor é pra ser exercitado indiscriminadamente
Quem quis justificar o que sentia
Perdeu-se em palavras vãs e equivocadas
Por isso se queres me dizer algo
Diz-me em silencio!